O que é e quando se justifica fazer colheita e transferência embrionária e quais os principais custos associados?

A transferência embrionária envolve a colheita do embrião da égua “dadora” 7 a 8 dias após ter sido inseminada ou coberta pelo garanhão, e a transferência do embrião para o útero de outra égua, a “receptora”, que se deve encontra em fase semelhante do ciclo éstrico. 

A recolha e a transferência do embrião não envolvem procedimentos cirúrgicos. A recolha é feita por uma lavagem do útero da égua dadora, e o embrião é transferido para o útero da égua receptora através de um cateter, à semelhança do que se faz para a inseminação artificial.

Os principais motivos para fazer uma recolha e transferência de embriões são: obter mais de um poldro/época/égua; obter poldros de éguas que já não levam uma gestação a termo ou já não produzem poldros saudáveis; obter descendência sem ter de retirar a égua de competição.

O principal custo associado é a acquisição e manutenção de éguas receptoras de embriões. A criopreservação do embrião pode facilitar a componente de transferência do embrião, pois não é necessário ter éguas receptoras disponíveis na altura da colheita do embrião.

No CRAV o principal custo num programa de recolha e transferência embrionária é o valor da égua receptora do ICBAS. Para diminuir este custo existe a possibilidade do cliente fornecer uma égua receptora, que tem no entanto de cumprir com requisitos específicos.